terça-feira, 24 de novembro de 2009

TESTAMENTO DE UM JOVEM DROGADO


Éramos 15 jovens, com idades de 10 a 22 anos.

Reuniamo-nos todos os dias num pequeno compartimento onde mal cabiam 7. Quem nos escutasse, facilmente interpretaria todos os gritos de dôr e angústia, gritos histéricos e actos de desespero que de nós brotavam. Enquanto a maldita droga brotava, por cigarro ou injecção, o corpo de alguns era invadido por forte excitação, dores terríveis, aceleração de ritmo respiratório. Desde as alucinações, em que os meus colegas me apareciam com as mais diversas formas, aos sons e coros que pelos nossos cérebros passavam, tudo o que se assemelhava a uma viagem ao inferno. O meu estado de saúde não me permiti- por muito tempo conviver com todos vós, até porque o meu comportamento é incerto. Se me perguntarem porque vos conto estas coisas terríveis, será talvez porque a minha vida, aos 24 anos, está prestes a acabar de tanta droga que na minha carne introduzi. E porque por mim nada poderão fazer, sinto-me obrigado a lançar um sincero apelo aos meus colegas que começaram há pouco tempo a destruir-se com a maldita droga. Por amor de Deus, deixem esse passatempo maldito que, como a mim, já matou tantos jovens que ainda não gozaram a sua vida. Os decilitros de coca, haxixe, marijuana, não poderão jamais ser substituídos pela alimentação. Deus me perdoe, mas a droga mata.

Fugi dos que vos levam por caminhos de perdição e digo-vos isto com lágrimas nos olhos e com o coração despedaçado de droga e dores. Quais os criminosos a quem interessa matar a juventude? A droga anda por

aí destruindo muitos que, como eu, acreditavam nas

vias do imaginário e do impossível.

Este é o testamento de um jovem drogado que foi afixado no Liceu Alexandre Herculano, na cidade do Porto.

Publicado no N. A. de Abril 1978

O que fazer com a falsidade em nossas igrejas?

O QUE FAZER COM A FALSIDADE EM NOSSAS IGREJAS? Mateus 13:24-30

Em cada Igreja existem membros que produzem frutos e os que não os produzem.

O inimigo nunca deixa de semear o joio no meio do trigo.

Os princípios estabelecidos por Deus, em sua palavra, são autênticos e invioláveis.

Tornam-se, por isso, visíveis sinais de advertência aos homens.

Sempre que o Senhor completava partes da criação, a Bíblia nos diz que a aprovação aos seus próprios actos se revelava na expressão: “E viu Deus que isso era bom.”

Bom na avaliação Divina é o grau máximo.

O homem quer impor seu método de organização na pressuposição de que, se aceito, pode aperfeiçoar o “bom” divino. Mas o princípio Bíblico que for violado será, normalmente, punido. É a lei da criação ou da progressão idealizada por Deus. Consequências advêm como resultado lógico dessa violação. A criatura não tem o direito de ditar normas ao criador.

Na parábola do joio e do trigo (Mt 13:24-30), alguns homens tentaram quebrar este princípio. Talvez bem intencionados. Ou, talvez, querendo apenas trabalhar.

Antigamente nas famílias tradicionais, era muito comum o dono da casa possuir servos. Tinham interesse. Queriam ajudar. Eram zelosos na protecção dos bens da família. Mas revelaram, nessa parábola, um zelo sem entendimento.

Quando notaram que o joio crescia junto com o trigo, logo se tomaram de cuidados. Dirigiram-se ao dono da casa. Argumentaram. Apontaram a contaminação com a interrogação: “... não semeaste boa semente? Donde vem, pois, o joio?” Quem sabe até se algum do grupo não estaria com atitude de reprovação. Em seu coração talvez acusasse: “A semeadura foi mal executada. Meu senhor não soube escolher a semente. Aí está o resultado do trabalho mal feito; joio no meio do trigo.”

A resposta do dono da casa interrompeu esses pensamentos acusatórios: “Um inimigo fez isso”.

Semear joio no meio do trigo, e retirar-se sem ser percebido, é uma figura bastante conhecida no Oriente.

Era comum, em seu espírito de vingança e ódio, um lavrador cometer este acto contra o seu vizinho. O inimigo aparece nas trevas e age enquanto dormem os servos.

O joio lançado de maneira oculta só é percebido mais tarde, com o crescimento junto ao trigo.

“Donde vem, pois, o joio?”

“Um inimigo fez isso.”

“Quem é ele?”

O inimigo que o semeou é o diabo (Mt 19:39). Nada de especulações. De suposições.

A realidade incontestável de sua existência é percebida na vida e na sociedade humana, embora muitos neguem este facto.

Ele é das trevas e nas trevas exerce sua acção criminosa.

O joio que semeia é o trigo degenerado. Como afirma alguém, o mal não é uma geração, mas uma degeneração. O seu começo nem sempre é observado. Às vezes aparece até na forma de bem: “Senhor, queres que arranquemos o joio?”

No zelo sem entendimento ou na heresia sempre há algo de bom que engana o incauto.

Joio e trigo são plantas que se confundem pela aparência antes da frutificação.

A palavra Grega “Zizanion”, usada em Mt. 13:25-27,29-30, é traduzida como “Cizânia” (joio). A cizânia peluda é uma gramínea venenosa que quase não se distingue do trigo enquanto ambas as plantas são ainda novas, mas depois de crescidas não se confundem mais (Mt 13:29-30),

Também a Igreja visível é o corpo misto; é vasto campo no qual crescem o joio e o trigo ao mesmo tempo. Jamais existiu uma igreja visível composta unicamente de trigo ou verdadeiros cristãos. Muitos hipócritas estão no meio deles. O inimigo nunca deixa de semear joio. A disciplina, embora necessária, também não poderá eliminá-lo. Os métodos e os esforços humanos empregados para purificar a Igreja, se obedecerem ao rigor excessivo, poderão trazer maior prejuízo do que benefícios. Por quê? Porque no empenho de arrancar o joio, corre-se o risco de arrancar também o trigo.

Com muita sabedoria afirma Santo Agostinho: “Os que hoje são joio, amanhã podem ser trigo”.

“Queres que vamos e arranquemos o joio?”

“Não! Não!” foi a resposta sábia. “Deixai-o crescer. Para não correrdes o risco de, ao colher o joio, arrancardes com ele também o trigo”.

O homem é impaciente. Quer uma separação imediata. Não admite, ainda que exteriormente, qualquer mistura, quando o sublime é “ ... estar no mundo sem ser do mundo”.

Jesus ensinou que esta separação absolutista não é a solução para o mundo.

Os cristãos são como a levedura que envolve a massa.

O cristão não vive como o mundo. Vive para mostrar ao mundo a salvação em Jesus. Por isso, Jesus orou: “Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno. Eles não são do mundo”. (Jo 17:15,16). Os cristãos são trigo.

Jesus aponta o erro de se fazer a ceifa antes de tempo. O progresso do seu Reino obedece a um princípio estabelecido. A uma lei divina. Há tempo para tudo. Para semear e para ceifar. A colheita antecipada constitui um perigo para o trigo.

“Deixai-os crescer juntos até a colheita”. Este é o princípio de Deus. O homem não pode quebrá-lo sem padecer as consequências.

“Não”, disse o dono da casa: E a sabedoria desta recusa evidencia-se em factos reais. Em razões convincentes:

(1) Não eram eles os donos do campo. Eram servos. Como servos competia-lhes apenas obedecer. Cumprir ordens. (2) Não haviam plantado nada (Mt 13:24). Quem não planta, não pode colher, a não ser que receba autorização para isto.

O apóstolo Paulo escrevendo aos Gálatas, afirma que o homem colhe o que planta (Gl. 6:7). Doutra forma não tem o direito de cortar nada.

Aplicando esta lição à Igreja, deduz-se que quem não evangeliza os incrédulos, levando-lhes a semente santa, a Palavra de Deus, será desqualificado para exercer o papel de ceifeiro, no sentido de eliminação.

(3) Os servos falharam na vigilância (Mt 13:25).

Competia-lhes vigiar a propriedade. Mas enquanto dormiam, o inimigo semeou o joio.

Também na Igreja a falta de vigilância em oração e estudo da Palavra de Deus, tem aberto oportunidades várias para o ingresso do inimigo no meio dos cristãos.

Quando despertam, já o joio está semeado. O campo não foi vigiado. Não foi cercado. O crente dormia. Veio o inimigo sorrateiro, semeou o joio, e a descoberta, então, foi tardia. Arrancar o joio não é a solução. Prejudica o trigo.

(4) Não eram ceifeiros (Mt 13:28-29).

Na colheita espiritual, os ceifeiros não são os homens, mas os anjos do Senhor (Mt 13:39). “... E os ceifeiros são os anjos”. Isto é muito bom. Os anjos não têm espírito intolerante. Agem sem paixão, sem impaciência. Sem precipitação. Eles são regidos por um princípio divino que acatam com amor.

A disciplina na Igreja é necessária, útil e Bíblica. Não somos contrários a essa medida de contenção. Não se proíbe aqui essa disciplina. Apenas queremos salientar o ensino Bíblico de que a ceifa indiscriminada, ou antes da época, resulta em prejuízo para o trigo.

(5) Não entendiam muito de ceifa.

Tanto, que desconheciam que as raízes do joio se entrelaçam com as raízes do trigo, debaixo da terra. Assim, torna-se quase impossível arrancar só uma das plantas sem causar estragos à outra.

Mas na precipitação de querer fazer alguma coisa, algum trabalho, logo se ofereceram, sem calcular as consequências, por demais profundas, do seu acto.

A prudente decisão do dono do campo salvou o trigo. “Não”, disse ele; deixai-os crescer até que apareçam os frutos. “Pelos frutos os conhecereis”.

Sómente pelos frutos podemos distinguir o que é joio e o que é trigo.

Jesus, quando de sua jornada terrestre, encontrou muitos pretensos ceifeiros.

Entrando, certa vez, em uma aldeia de Samaritanos, foi rejeitado. Logo dois ceifeiros impacientes, Tiago e João, se ofereceram. “Senhor, queres que mandemos descer fogo dos céus para os consumir?” Queriam fazer a colheita na hora.

Para que perder tempo? Aquilo era joio. Toda a aldeia. Devia ser arrancado. Queimado totalmente. Era inútil.

Mas Jesus, com energia, e obedecendo a um princípio divino, os repreendeu: “Vós não sabeis de que espírito sois. O Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.”

Os frutos não demoraram a aparecer como resultado das palavras do Mestre. Algum tempo depois, Jesus encontrou-se com uma mulher em outra aldeia Samaritana. Falou-lhe ao coração. Apontando suas necessidades e o remédio para libertá-la.

Aos olhos dos discípulos ela era joio. Mas reconhecendo a Jesus como o Messias e aceitando-o como seu Salvador, correu ela até a sua aldeia e anunciou aos moradores como encontrara a verdade. Acto contínuo, todos foram ao encontro de Jesus.

Muito “joio”. Ouviram seus ensinamentos. Creram nele por causa de suas palavras. Disseram para a mulher: “agora nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo” (Jo 4:42).

Toda a aldeia era joio. Mas o joio se transformou em trigo. Trigo bom, com muitos frutos.

Quando Jesus não aceitou a sugestão de Tiago e João para queimar o joio, tinha consciência clara de que um joio pode ser transformado em trigo. Por isso ele espera com paciência. O Senhor não quer que nenhum se perca. O amor sempre vence. Sempre transforma.

“Não”, disse o dono do campo. “Esperemos os frutos”.

“Não”. disse Jesus a Tiago e João. “Fogo não salva. Consome”.

“Não”, diz o Senhor Deus. “Há um caminho sobremodo excelente. Andemos juntos por ele. É o caminho do amor”.

Andar com Deus é andar na paciência do amor.

Andar com Deus é ser submisso. É amar uns aos outros.

O amor espera. O amor não pede. O amor dá. O amor tudo suporta. É benigno. O amor jamais acaba. Amor ao joio. Amá-lo até vê-lo transformado em trigo.

Isto não quer dizer que o joio fique ou deva ficar sempre ao lado do trigo, sem ser transformado. Não. Seu tempo está determinado por Deus.

“Até à colheita”, quando os frutos se manifestam. O Senhor Jesus já deliberou que

“ ... toda a planta que meu Pai celestial não plantou, será arrancada” (Mt 15:13).

Mas só na hora da colheita, no tempo certo. Agora, NÃO.

Este artigo já tem mais de 20 anos e foi publicado na Revista “Mensagem da Cruz” pelo

Pr. José Augusto Rocha, Membro da Missão Betânia

quinta-feira, 17 de abril de 2008

BOAS VINDAS

BEM VINDO ao meu blog! É um privilégio compartilhar a vida, a natureza, a música e acima de tudo Jesus que nos amou ao ponto de dar a sua vida por nós. Que grande AMOR!
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Pr. Ludgero